segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Pra começo de história

Noites que o sono não vem, e ficamos refletindo sobre o poder de maldade do ser humano para com aqueles que não tem o mesmo poder de defesa. Dor, sentir-se impotente diante situações que parecem não ter nenhum tipo de resolução, ou quando encontrada a forma de diluir o problema parece estar completamente fora do seu alcance. Raiva... A maioria não pensa como nós. Alguém pode nos ajudar a ajudar estes "serzinhos"? Papai do céu, podes cuidar daqueles bigodes e focinhos pra mim? Quando virá o dia que aquele animal que anda sob duas pernas enxergará que o sangue é igual, que o coração deles também bate, que seus pulmões também enchem-se de ar? Que, definitivamente a dor é a mesma. Suportaria uma dose de stricnina no seu alimento de cada dia? Suportarias o calor do sol e o frio da chuva amarrado a um lastro? Suportarias uma surra a longo prazo por motivo algum? Suportarias a dor do abandono, quando apenas o tempo da tua infância fostes julgado útil?
Este espaço nos convida a fazer algo por alguém, a refletir e dividir os nossos sentimentos a respeito desses milhares de focinhos e bigodinhos que temos por aí!
Ainda hoje, voltando do serviço pra casa com uma caixa com 24 saschets de Wiskas para as minhas crianças em casa, deparei-me com uma situação que outrora já me fez sofrer: Uma cadelinha na parada de ônibus em pleno fulgor no seu estado de prenhês. Que tristeza! Quantos mais filhotes a sofrer por aí? Que destinos aguardam esses focinhos que ainda nem nasceram? Obviamente, no meu desespero de tentar fazer algo de útil, puxei logo dois dos saschets e abri alí mesmo em meio a multidão para alimentar a fome daquela pobre mãe, enquanto mais adiante, uma mulher que não tem nada de melhor pra fazer na vida (uma mulher de má fama) debocha da situação daqueles animais.